terça-feira, 22 de junho de 2010

Indicação: felicidade!


O ser-humano nasceu mesmo foi pra ser feliz. A felicidade está na nossa composição química e é tão intrínseca a nós que às vezes nem percebemos que estamos mais que contentes. A tristeza já dói, sinaliza ao corpo e a mente que está presente e nos faz exalar pelos poros melancolia. Portanto, fiquemos atentos a essa danada. A tristeza fica a espreita de qualquer descuido nosso e aí, quando a gente menos espera, ela bate. Devemos, portanto, estimular momentos felizes, cultivar sorrisos, chorar só se for de alegria. Ah, já ia esquecendo: não se envergonhar e dizer de todas as formas que amamos quem amamos. Isso é excelente para ser feliz. Esses dias, me peguei rindo à toa, dividindo sorrisos, distribuindo abraços e matando saudades. No aeroporto, em meio a tantos desconhecido, reconheci os olhares cúmplices de meus amigos. Estávamos reunidos, com plaquinhas, adereços, gritinhos e braços abertos a espera de saudosos e amados familiares. Desconhecidos nos olhavam como se estivéssemos fazendo algo anormal, enquanto apenas demonstrávamos nosso carinho. Abraçamos e choramos de alegria. Matamos a saudade, a tristeza, as mágoas e tudo o que poderia azedar nossa felicidade. E ela era tão doooce!

sábado, 12 de junho de 2010

Seu dia

Onde eu estava com a minha cabeça o dia todo? Acordo sobressaltada quando a primeira coisa que vejo assim que abro os olhos é o relógio gritando 8h. Atrasada... Não, atrasada é pouco. Eu já deveria estar no trabalho, mas eu estava correndo louca pro chuveiro para um banho rápido. Desço as escadas ainda penteando os cabelos e quando chego na porta do carro descubro que, além de esquecer de colocar o despertador para as 7h, também esqueci das chaves do carro em cima da mesa. Droga! Logo hoje.... Subo, ofegante, os três andares para pegar a droga do chaveiro. Rodo todas as ruas ao entorno do trabalho para achar uma vaga e nada. Coloco longe e tenho que correr para ainda lutar por um computador. Quando chego na catraca, outra surpresinha: esqueci me crachá. Lá se vão mais 15 minutos para o Cláudio me entregar um de visitante. Demoro um tempinho para ir desacelando. Mas, como uma boa profissional, vou escrevendo, editando, pedindo fotos, resolvendo problemas. Até que reviro minha bolsa inteirinha e percebo que não trouxe o celular. Deus sabe como eu me sinto sem celular. Não sei um número de telefone de cor, não ando com relógio e tudo porque meu celular me acostumou mal. Passo o dia inteiro com a sensação de estar atrasada ou esquecendo algo. Até que descubro que não tinha enviado aquela entrevista difícil para aquela cantora famosíssima e que por cauda disso provavelmente não terei minhas respostas. Meu Deus, onde está minha cabeça? Demoro mais um pouco no trabalho para só sair de lá quando estivesse certa que não teria deixado mais nada escapar. Chego em casa mais tarde e vejo que perdi mais uma vez a consulta com a dermatologista. E minha cara está horrível e realmente precisando de ajuda médica. Ai, só queria que o dia terminasse logo. À noite, antes de dormir, olho pro móvel da sala e vejo que terei que pagar a multa por não devolver a temporada de Grey’s Anatomy para a locadora. Resmungo mais um pouco. Pego o celular, ponho o despertador para as 7h e olho mais uma vez para o visor. Olho e o que eu vejo é a única coisa que eu não esqueci o dia inteiro: hoje é o dia do seu aniversário. E eu não o vi, falei nem desejei felicidades. Ainda bem que o dia acabou.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Astral


Nasci, às 4h38, do dia 4 de novembro de 1983. Portanto, quis o universo que eu viesse a esse mundo sob o signo de escorpião. Não é que, depois de muito negar, hoje reconheço que sou uma típica escorpiana? E como todo mundo do signo de água, sou puro sentimento, instinto, intimidade, profundidade e volúpia. Hummm... é aí as pessoas dizem “que maravilha de signo poderoso”. Só que também vem as influências não tão positivas: sentimentalismo exagerado, ciúmes, drama, excessos e por aí vai. Leio meu horóscopo sempre (atire a primeira pedra quem nunca correu para o jornal e leu o seu!) e acredito, sim, no poder das estrelas, lua, sol e dos anjos. Ora, se os astros são capazes de influenciar a maré, as colheitas e até os ciclos menstruais, porque não nossas características? O fato é que ser escorpiana é explicação para muita coisa quando penso em mim. Os excessos me cansam e a violência dos meus sentimentos e paixões me assusta. Tudo é exagero e consome muita energia. Amo demais, sofro mais ainda, quero tudo em profundidade e as emoções perseguem minha racionalidade com uma avidez descomunal. Às vezes, pareço uma arena em que luto comigo mesma. Bipolar? Não sei! Não recebi o diagnóstico ainda. Mas isso tudo foi pra dizer que eu ando sentindo uma falta, um vazio e uma vontade que há algum tempo não sentia. Que se eu deixasse me entregar inteiramente ao desejo, teria feito besteira ou certeira (?). Mas, abro meu e-mail e vejo meu horóscopo pessoal. Nele dizia que eu tinha que parar de agir como se não tivesse problemas, que eu precisava de um reencontro para clarear a vida e que fugir não era mais opção. Arregalei os olhos e disse: “olha aí o motivo”. Não obedeci aos astros. Fiquei na minha, fugindo de encontros. Mas corri para a janela para pedir ao céu e à lua, que estava irresistivelmente apaixonante, para me trazer uma onda de boas energias (esqueci de dizer que também acredito em energia) e lindos momentos.