
Chove lá fora e eu, que nem uma criança boba, corro para minha varanda. Dobro-me sob o parapeito para tentar sentir uns pingos molhar meu rosto. Abro os braços como se quisesse abraçar a chuva, que agora cai forte e imponente. A movimentada avenida agora se cala e, muda, se rende ao tilintar da água.Vazia, calma e incrivelmente linda, a rua parece se mostrar adormecida como nunca. Também, já é madrugada... Também, ainda é segunda-feira. Todo mundo parece dormir e eu ali a brincar com a chuva, sem pudor, sem censuras. Sou apenas eu.
De repente, o cheirinho de asfalto molhado chega ao terceiro andar e, como mágica, um aroma de nostalgia aguça meu coração. Lembro da minha infância, dos chocolates em caixinhas brancas, dos banhos de chuvas com as crianças da minha antiga rua, de subir no pé de goiaba, da amarelinha e ... das pessoas que amo, mas que não estão mais podendo apreciar comigo uma noite chuvosa.
Lembrei do meu pai, apesar de quase nunca pensar nele. Apesar dele nunca ter sentado comigo pra ver uma chuva cair. A lembrança do meu avô, um aconchego para quando se quer fugir do frio. Senti ele segurar com as duas mãos a minha face e foi como se ele nunca estivesse ido. E ao lembrar dele, me veio a engraçada imagem da minha avó, que sempre teve medo dos trovões e relâmpagos. Ela não estava mais pertinho, estava no Bosque, com minha mãe, de quem eu morria de saudade.
Resolvi parar de rememorar, queria ter apenas doces recordações. Tive medo de pensar em quem não quero, de gastar as boas lembranças, de perder esse momento. Parei e continuei a olhar da minha varanda e a me perder no infinito que esta noite se tornou. Nem sei que horas fui pra cama, mas nem tinha pressa, afinal, já tinha acabado de sonhar...
De repente, o cheirinho de asfalto molhado chega ao terceiro andar e, como mágica, um aroma de nostalgia aguça meu coração. Lembro da minha infância, dos chocolates em caixinhas brancas, dos banhos de chuvas com as crianças da minha antiga rua, de subir no pé de goiaba, da amarelinha e ... das pessoas que amo, mas que não estão mais podendo apreciar comigo uma noite chuvosa.
Lembrei do meu pai, apesar de quase nunca pensar nele. Apesar dele nunca ter sentado comigo pra ver uma chuva cair. A lembrança do meu avô, um aconchego para quando se quer fugir do frio. Senti ele segurar com as duas mãos a minha face e foi como se ele nunca estivesse ido. E ao lembrar dele, me veio a engraçada imagem da minha avó, que sempre teve medo dos trovões e relâmpagos. Ela não estava mais pertinho, estava no Bosque, com minha mãe, de quem eu morria de saudade.
Resolvi parar de rememorar, queria ter apenas doces recordações. Tive medo de pensar em quem não quero, de gastar as boas lembranças, de perder esse momento. Parei e continuei a olhar da minha varanda e a me perder no infinito que esta noite se tornou. Nem sei que horas fui pra cama, mas nem tinha pressa, afinal, já tinha acabado de sonhar...
Amiga, amei! Vc escreve muito bem (isso não é novidade...) :o) Mas, de vc mesma, é ainda melhor, mais delicioso de ler...Me deu vontade de ler mais coisas sobre ti! Eu pude te imaginar direitinho nessa sacada, vendo a chuva...Quero mais de "k em pedaços" :) bjo!
ResponderExcluirAin meu Deus... sem querer me vi chorando às 6:10 da manha, quando resolvi entrar aqui pra saber um pouquinho de ti...
ResponderExcluirmto lindo prima... muito mesmo. =***
Carol
Quero mais posts!!!
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