terça-feira, 14 de julho de 2009

É amore?

Não me venha com seu sorriso irresistível e os brilhantes olhos apertados. Quero mais que mentiras sinceras e declarações de amor vazias. Cansei das tuas brincadeiras, desde aquelas com os meus cabelos, as cócegas abruptas e, principalmente, o jogo com os meus sentimentos. Dizer “eu te amo” perdeu a graça e caiu na banalização. Nem te culpo tanto. Afinal, será que de fato já amou alguém?
O problema é você gritar pra todo mundo “eu te amo” e ter a coragem de dizer essas três palavrinhas olhando pra mim. Como é que se ama quem mal se conhece? E não argumente sobre o amor a primeira vista. Não acredito mais em Papai Noel, Contos de Fadas e, muito menos, Príncipe Encantado. Amor de verdade é esculpido dia após dia. Tem as cores da cumplicidade e não brota em terra de mentira.
Amor de verdade é atento, se interessa pela sua vida, aconselha o melhor caminho, apóia os mais loucos sonhos, aconchega nas atribulações e perdoa os rompantes de raiva. Amor de verdade resiste à revelação daqueles segredos guardados à sete chaves, aos charmosos defeitos e acha lindo o chulé, o pé feinho e o bafo quando acordam juntos.
Quando eu digo “eu te amo” ressalto cada letra desta frase e digo, sem nem precisar falar, apenas com o olhar. Mas às vezes a gente precisa ouvir sonoramente essas palavras. Não da boca pra fora... Não o mesmo “eu te amo” que diz a quem mal entende sua fala. Queria ouvir um “eu te amo” que você nunca disse. Aquele com alma e verdade. Capisci?

2 comentários:

  1. Fazia realmente tempo que eu não passava aqui. Tenho milhões de posts pra ler! Adoro tua escrita. bjos!

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