quarta-feira, 29 de julho de 2009

Reencontro...

Hoje a gente mal se fala e faz de conta que esqueceu dos abraços, beijos, momentos, desejos... A gente finge que guardou junto com as lembranças o amor que aconteceu. E, por mais que eu entenda que eu deixei de ser “tua” e você, “meu”, é muito estranho me sentir assim tão distante de ti. Se antes era difícil amanhecer sem ter você, agora mal consigo tê-lo em um abraço. Já não sonho acordada com a gente e nem digo inúmeras vezes seu nome, não me pego pensando em você em meio a louca rotina do trabalho e muito menos disco teu número em busca, simplesmente, do conforto da tua voz. Tenho vergonha de ser boba, louca, criança, séria... Tenho medo de me mostrar de novo como eu sou.

Não é orgulho, nem rancor ou raiva. É defesa. Não sei nem quando, nem como, nem quanto te amo. O que sei é que a mesma intensidade que um dia me impulsionou a me jogar de olhos fechados em teus lábios agora me proíbe de ti. Não posso acertar se a distância e o tempo nos tornaram menos íntimos, quase estranhos um pro outro. O fato é que não garanto que consigo perceber o que se passa em teus olhos, tua fala, teus gestos. Provavelmente, nem você me vê mais como confidente, companheira, amiga verdadeira, amante nas horas vagas... O que sou pra você e o que você é pra mim? Quando que eu deixei de ser pra você aquilo que você era pra mim? Como a gente nem percebeu que o sal do mar foi alterando o sabor do nosso carinho?



“Tornar o amor real é expulsa-lo de você para que ele possa ser de alguém”,
Nando Reis

3 comentários:

  1. Prefiro nao comentar sobre esse texto! =x

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  2. Ain, bem que eu queria comentar sim... mas so resumindo, o texto ta perfeito, diz tudo, com toda sinceridade e simplicidade da tua alma.
    E cada dia que passa eu viro mais tua fã!

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  3. Nossa, adorei tudo. E que música é essa, do Nando Reis?

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